Antologia do amor

Em um vale de orquídeas amanheço todos os dias

Sinto-me forte, pois tu és meu pedúnculo, meu Norte

Sustentando-me em um imenso acumulo de rosas

Vermelhas, amor profundo, enfeites de mesa...

Meu cálice noturno, esperando ansiosa,

Seus beijos maduros, calei-me no escuro.

Torna-se minhas sépalas, deixo por instantes em teu

Receptor, minhas pétalas, corola esta é tua hora...

Em virtudes de fragilidade, vem em meu encontro

Procurando felicidade, meu eterno androceu

Em meu carpelo penetrar produzindo desse amor o pólen

Infinito, tornando teu, meu gineceu!

Vem em meu coração estilete ligando com paixão, estigma,

Violação do meu jardim, das orquídeas que desenvolve

Por oosferas, por amor, e sem espera, por que é hora

E mais uma vez cortada pela raiz, por que desta dor não as liberta¿

Cristina Campo Bello
Enviado por Cristina Campo Bello em 27/04/2020
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