Saudades dela

Não sei lidar com essa pressão

De ter memórias tão vivas

Numa carne violentada pela solidão

E ter de acreditar em mentiras

As quais eu mesmo, me dediquei.

Traduzi cada fio de vento

Eles me trazem a selvageria

Do que é viver morrendo

Apaguei as luzes ,que jurei serem eternas

Desviei olhares, que poderiam me atravessar

Dei um porre de saudades

Para aquele jovem, que sonhava em amar

Fui sombrio ao buscar a liberdade

Pois encontrei na exclusão social

Ando pelado, mijo vestido

E nada pega mal.

Saudade mata mesmo

Tentar viver sem ter também

Então morro a cada segundo

Lutando e deixando e dizendo amém.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 18/05/2020
Código do texto: T6951257
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