CASA
Faz tempo que deixamos de ser CASA(L)
Os cômodos não suspiram mais o ar apaixonado que abrigavam a gente
Casa cheia de solidão preenche os vazios empregiinados nas paredes
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Faz tempo que deixamos de ser CASA(L)
As rachaduras viraram plano de fuga para sentimentos.
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Ficou tudo engraxado, (pó)lido, sem risos a fazer eco no ego como casa de ninguém ou morada de mãe Joana. Entra e sai sem ser visto.
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Virou prece sair antes do sol e chegar quando ele não aquece mais.
Chega cansado, com fome mas, sem sede de ficar, de dividir.
O sono cai na pressa do corpo cansado.
Será, que sonha?
Será, que vive?
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Será, que já ouviu falar do tempo?
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Será, que lembra daquela que conta as horas, os minutos para sentir teu cheiro, tua pele, na pele que esqueceu de tocar, de versar. Que outrora morria silênciosamente nos teus braços para reviver tudo no dia seguinte. Será?
Será que lembrará de mim depois que eu partir Sem dizer adeus.
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Será, que vai perceber que ao sair levei somente o meu corpo pois, minha alma e meus sentimentos já não pertenciam mais a este lugar, a esta CASA.
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Todavia já fazia tempo que deixamos de ser CASA(L)
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Cristina Rodrigues 28/05/2020 16:44
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