Amor milenar

O frio da solidão
Queima e arde no meu peito
Congelando o nosso amor.
Preciso dar um jeito de reacender
A chama que alimenta a esperança
Do fogo ardente
E que possa me aquecer
Na madrugada revoltosa
E eu aqui estou
Tentando me esconder
No romper quente da aurora.
Mas como é que eu vou fazer
Se todas as portas daquele coração
Que tanto amo
Se fecharam,
É triste o meu viver
Saio procurando você
No frio da solidão.
É tão profundo o meu eu
Envolvido nos suspiros do encanto
Decifrando os símbolos milenares
Do que retrata a nossa história.
Seria tão cruel e não insignificante
Se eu destratasse o nosso amor
E passasse despercebido
E não retratasse a história
E a ampla, vasta memória
A mim ela vem
E faz relembrar
O retrato do passado.
Eu ali, ao seu lado,
Em véspera de noite de núpcias.
É, mas quando a história
Não vira uma história
Não há um ator que relate.
Com os desfalques tristes
Da invenção amorosa.
A tempestade sopra os ventos
Do Pólo Norte
Visando a encontrar o caminho da sorte.
E que o tempo nunca se esgote
E brilhe o desejo
Da água quente da paixão
E descongele o que estava congelado.
E que consiga se despertar
Com os encantos do amor
Podendo ele ser comparado
Com o brilho da estrela d’alva
Porém, se tornando revolucionário
Entre as maravilhas estrelares.
Oh, meu amor! Ainda acredito
Em contos de fadas
E na arte amor milenar
Porque um outro amor
Em meu peito não mais haverá.
Robson Silva Ferreira
Enviado por Cleonice Schlieck em 05/06/2020
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