Parasse o vento de soprar

Parasse o vento de soprar

Desaparecessem as ondas do mar

Secasse a chuva e todo pranto

Apagassem as estrelas, calassem meu canto

Morresse meu corpo consumido pela dor

Na fogueira da saudade meu coração queimasse

Olhos cerrados pela eternidade, sem temor

Uma alma livre para viver de amor

Quisera poder flutuar em tua direção

Como quem tudo e nada quer

Como quem deseja ser apenas mulher

Como se fosse possível afogar-me em tua paixão

Mas, não sei por que o destino insiste

Talvez goste de fazer-me sempre triste

Os deuses me negam tua presença

Fazendo-me sofrer esta dor intensa

Será que teu coração está selado?

Para tanto amor fechado?

Não gostaria de viver pelo amor embriagado

Deitando-se comigo ao luar, lado a lado?

Será muito o que peço, oh, vida cruel?

Livrar-me deste amor amargo como fel

Tê-lo ao meu lado para amar eternamente

Ou fechar meus olhos e esquecê-lo simplesmente

06-07-2011

(Escrito para uma concorrer a vaga em uma antologia de poemas sobre amor)

Bob Regina
Enviado por Bob Regina em 17/08/2020
Código do texto: T7038499
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