A dança dos pincéis (Caris Garcia)
A dança dos pincéis
(Caris Garcia)
O vulcânico despertar de todos os elementos
O mágico reino, a beleza sútil, da paleta, o surreal jardim
Em cada acorde, o tango dos pincéis , a explosão de talentos
No conforto de tuas asas, a alegria genuína de alecrins
“Olhai! Sou os lírios, as cores, as lavandas, as rosas vermelhas...
De teus temperos, sou a sálvia, a canela, o sal, a pimenta...
Conexão direta com a Divina centelha
Onipotência de energia jamais vista, ora veloz ora lenta...”
Na mansidão de teus céus apaixonantes e quentes
De tuas aves, sou cisne, a águia, o beija-flor
A eloquência celeste da estrela divergente
Oh! Universo da arte eletromagnética do esplendor...
Em tuas florestas milenares intocadas
Sou a reikiana gata, a tigresa, a leoa
O brilho cintilante das sereias e fadas aladas
Do baguá sou o equilíbrio sorrindo à toa
“Em teus riachos, morangos, rios, nascentes
Sintas a luz que reflete dos diamantes nas faces do espelho
Venhas! Atravessas do outro lado da margem! Diz o sábio conselho...
Rumo ao paraíso do amor, da alegria, da paz sempre presente”
Saúdo com nobre primor a tua essência
Nesta tua propriedade criadora infinita
Os louros da disciplina, o foco, a persistência
Respiras! Sou a Fênix na serenidade das óperas eruditas
Mergulho em teu fluxo de cachoeiras coloridas
Dançando rumo ao teu primordial oceano
Na espiral infinita, sem medidas, sou a vida!
No ato do ápice dos cânticos soberanos...
Natureza sagrada florindo maçãs em tuas encostas
Bravura, carpas e coragem em teus dons internos
De tuas eternas perguntas, sempre sou a resposta...
Bailamos em todas as estações, da primavera ao doce inverno
Ah... É tão único teu toque de maestria
Que a dança alça voos em outras dimensões
Impossível qualquer tipo de analogia
Despertas sempre o melhor nos corações...
Ah! Esta supremacia que desabrocha em teu leito
As pausas refletidas no silêncio da contemplação
O rascunho em obra-prima! Tu és luz! És perfeito!
“Segues todo dia a voz do coração...”
Mutações híbridas e fugidia dos padrões
Enigmáticas poesias para o simples pensamento comum
“Só se quebra paradigmas em novas ações
Eterna mutação do zero na escala do um...”
“Fora das engrenagens e das caixas
Navego e acesso ondas de luz muito distantes
Sem títulos, egos, troféus e faixas
A pureza livre do desapego exuberante”
(“Retorno só para observar o compasso de tuas “melodias”
Que se aninham em minha geometria sagrada, excêntrica inquietude...
Dois sóis, unidos, toda hora, todo dia...
Lapidando diamantes da vitalidade e virtude...”)
É crescente e espontânea a superação...
Inigualável vivenciar o ser, na metamorfose do estar...
Integrando e compilando transparente resolução
Do simples ato de sempre te amar...
((...“Eu sou o amor...
...Eu sou luz...
Eu sou ... o “eu sou.”
Eu sou você e você em mim...
Nós Somos “um”...
Nada mais...
Simples assim...”...))
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