Ei parda
Eu falo sério como quem canta na chuva
Eu falo de amor como quem canta flores
Dessas que arrepia o sorriso e apaixona um olhar embriagante
Eu danço o tango que sai dos sorrisos.
Eu levo no braço a bacia de pratos limpos
Eu carrego no meu andar a liberdade dessa felicidade
Minha alegria é o império que se ergue em seu sorriso
As virtudes do tempo que o relógio deixou
Correr pelas as ruas da vida
Eu sou a alegria desse céu que de arco-íris segue plena
Sou liberta pela força do amor de outros tempos
E mostro com a pele parda o silêncio da nudez que vem dos ventos.