Ei parda

Eu falo sério como quem canta na chuva

Eu falo de amor como quem canta flores

Dessas que arrepia o sorriso e apaixona um olhar embriagante

Eu danço o tango que sai dos sorrisos.

Eu levo no braço a bacia de pratos limpos

Eu carrego no meu andar a liberdade dessa felicidade

Minha alegria é o império que se ergue em seu sorriso

As virtudes do tempo que o relógio deixou

Correr pelas as ruas da vida

Eu sou a alegria desse céu que de arco-íris segue plena

Sou liberta pela força do amor de outros tempos

E mostro com a pele parda o silêncio da nudez que vem dos ventos.

Cristina Campo Bello
Enviado por Cristina Campo Bello em 15/04/2021
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