E assim, eu te amo
Eu o tenho no ondular das nuvens brancas
quando levito e plano vida no universo paralelo
vivendo o êxtase ao acaso do relógio imperioso
que me leva ao espaço aberto dos perdidos
eu o tenho no menear tranquilo das minhas ancas
sobre o salto, criando a luxúria de assobios e anelos
de outros corpos que me tomam tão gostoso
outros rostos, outros machos, másculos,
outros corpos, potentes ou delicados,
outros amores, outros bandidos
eu o acalento no peito de outro homem
firmando a que jamais me apague o teu nome
pelos versos gritados na cama e que me somem
em ais gozados em outras bocas com fome
eu o trago na lembrança em beijos a outros beijos
em outras bocas de grossos lábios vermelhos
eu o acaricio em tantos falos de outros desejos
em outros ombros, outras coxas, outros espelhos
eu gozo profundo com outros risos, com outros visgos
faço canções do teu canto leve, com desvelo,
balanço o corpo indo e vindo em outros discos
e continuo a amá-lo, gozando feliz, sem esquecê-lo...
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