AMOR NÃO SE MEDE
Juliana Valis
Amor não se mede por palavras inteiras
Nem por frações inglórias do que seria infinito,
Todo sonho de amar é como um grito
Que transcende o mar, como dor em mil barreiras...
Amor é ápice de um sonho tão incerto
E tão incauto quanto o vôo das verdades,
Sobressalto de longe ou tão de perto
Que o coração se perde em tempestades
Do que seria fé no horizonte tão concreto...
E se no monte da esperança, tudo cede
Como fonte de um caminho só de estrelas
Carinho é sorte da virtude que se perde,
Na vida ou morte, no afã de só revê-las...
Amanhã, quero que o céu brinde o amor
Verdadeiramente nobre, vívido e humano,
Transcendendo qualquer réquiem desta dor
De vivermos nesse mundo tão insano.
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