AURORA
AURORA
Quão afável é o teu cantar...
Tu chegas linda, rubra totalmente
A iluminar as veredas docemente
Gorjeios tantos a te acompanhar
E o sol em chamas por te amar
Aurora, tuas ancas remexem as horas
E a sorrir invades o dia, és dele senhora
Meus olhos brilham ante tua majestade
Manhã de luz. Amar-te-ei pela eternidade
Sou o orvalho que por ti chora!
Aos teus pés estou resignado
Incrédulo ante tua formosura
Não me canso de galanteios e mesuras
Nem vislumbro tua recusa e angustiado
Peço-te beija-me, quero ser lembrado
Atiça teu fogo, o desejo em mim
Irei desvanecer bem sei e será o meu fim.
Vem aurora, tu és meu idílio
Poeta sofre, tem delírios
Porque o sol insiste em roubá-la de mim?