AURORA

AURORA

Quão afável é o teu cantar...

Tu chegas linda, rubra totalmente

A iluminar as veredas docemente

Gorjeios tantos a te acompanhar

E o sol em chamas por te amar

Aurora, tuas ancas remexem as horas

E a sorrir invades o dia, és dele senhora

Meus olhos brilham ante tua majestade

Manhã de luz. Amar-te-ei pela eternidade

Sou o orvalho que por ti chora!

Aos teus pés estou resignado

Incrédulo ante tua formosura

Não me canso de galanteios e mesuras

Nem vislumbro tua recusa e angustiado

Peço-te beija-me, quero ser lembrado

Atiça teu fogo, o desejo em mim

Irei desvanecer bem sei e será o meu fim.

Vem aurora, tu és meu idílio

Poeta sofre, tem delírios

Porque o sol insiste em roubá-la de mim?

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 09/11/2007
Código do texto: T730391