Chuva Lá Fora

Chuva Lá Fora

E meu rosto aqui molhado

Com os pingos da tempestade

Da minha alma sofrida

Acreditei no personagem

Que falava de amor

Das coisas do coração

Do que mais queria ouvir

Com tanta exatidão

Tinha a sutileza de predador

Eu desatento como a presa

De peito aberto sem defesa

A flecha certeira atravessou

Meu indefeso coração

Cupido vesgo travesso

Eros embriagado na sua porção

De amor se lançou sobre mim

Agora estou perdido sem saída

Caindo de um avião sem paraquedas

O que eu faço nessa minha vida ?

Pois nem sonhava em preto e branco

Agora tem uma aquarela sem dimensão

O pior que gostei dela do jeito

De se fazer entender sem falar

Da face rubra se algo maroto perguntar

Dona dum sorriso bonito

Dengosa sonhadora verdadeira

Alegre triste melancólica

Dona de uma áurea colorida

Com jeito gosto que da vontade

De abraçar, cheirar, beijar

Minha alma manda correr dela

Me coração correr pra ela

Não aguento mais chorar

Nem ser triste um dia mais

Pois já fui meu passado inteiro

Sempre corri na chuva pra esconder

Minhas lágrimas tempestuosas

E lavar os machucados da alma

Eu acreditava que todos os pingos de chuva eram feitos de lágrimas

E as noites das minha solidão

Eu nunca experimentei o amor verdadeiro vindo na contramão

Esse sentimento sempre partiu de mim jamais devolvido por ingratidão

E ontem eu nem sonhava mas um sorriso com boa noite,

Nem sei como dizer roubou meu coração.

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 14/09/2021
Código do texto: T7342300
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