MARÍLIA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Marília a que não é a de Dirceu.

É da música e não de Tomás Antônio Gonzaga.

Em Minas Gerais assim desfaleceu.

Liberdade ainda que tardia, não divaga.

Maior estrela do Arcadismo nacional.

E de Maria Dorotéia Joaquina Brandão.

Análogo a Skakespeare, o amor temporal

Exiliado em Moçambique e com razão.

No exílio refaz sua vida e se casa.

Com Juliana de Souza, seu novo amor.

Enquanto Marília de Dirceu se arrasa.

Vagando nas ruas de Vila Rica seu clamor.

Assim é o eu lírico do pastor Dirceu.

A sua noiva Marília que assim prometeu.

E a Marília do eu musical a todos pertenceu.

A menina do feminejo, o sonho que não morreu.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 07/11/2021
Reeditado em 07/11/2021
Código do texto: T7380466
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