OLHAR




Não creio que teu olhar se perde

Na frieza em si que há nos céus do mundo,

Em tantos véus de dor que nem a luz concede

Escarcéus do amor que seja, assim, profundo...



Não acredito em guerras nem lendas,

Em terras sós, um coração desarma

As simples lágrimas entre vis contendas

Que o tempo quis além de todo carma...



E procurando, assim, esse amor sem calma

Em cada movimento desse teu olhar,

Nada pára o sentimento a desaguar na alma,

Todo sonho lento se transforma em mar !



Pois na própria essência do que seja humano,

Há sempre um labirinto de tantas emoções

Que apenas sinto o tempo em cada breve plano

Desse teu olhar, enigma das dimensões...




E sem temores, eis a própria vida

Numa profusão de sonhos, dias entre amores,

Além das frias dores que o tempo te elucida,

Olhares,  sempre versos,  perdidos entre as cores. 



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