Da janela, sobre o mar,
avisto a imensidão, sonho-te.
Em mim, o que permaneceu
do nosso amor foram
as incertezas.

No barco pequeno, saíste 
em busca dos teus sonhos 
perdidos, jamais esquecidos,
por esse desmesurado mar, 
que obstinas em conhecer.

Teus sonhos, nos distanciam
de nossos abraços.
Continuo a querer-te.
Continuo a amar-te.

Espero-te, sem saber 
se estou em teus planos.
Espero-te, sem a afirmação,
do teu bem querer-me.

Ó, mar, que sempre contemplei,
roubaste de mim, o meu amor.
Nas tuas águas, ele, foi navegar,
cuide dele e me entregue,
inteiro, como a ti, o entreguei.

Da janela sobre o mar,
não consigo me afastar.
Conto as horas, na espera,
do meu amor voltar.