Rosa vermelha

Preciso que o poeta viva,

Que elimine de seu vocabulário o morrer.

Quero ser o toque que precisa,

O sabor que te faça para sempre viver.

Recebo tuas poesias como gesto de afago,

E pretendo fazer-te carícias infindas,

Meus segredos imprimir em teu âmago,

Te seuzir muito mais ainda.

Trago a rosa vermelha que me destes,

Está presa aos meus dentes.

Rubra como os meus lábios quentes,

Venha conhecer que beijos são estes.

Meus ouvidos estão encantados á te ouvir.

Falha-me a respiração,

Diante de ti que és pura inspiração,

Temo ter um colapso e partir.

Escrevo meus sentimentos.

Com a nítida intenção de tocar os teus.

Recebo de ti teus signos e pensamentos,

E esperançosa espero que receba os meus.

Beijo a rosa vermelha que tua poesia me deu.

Em cada pétala coloco um pouco de amor,

Se não as beijar sentirei imensa dor,

Já que divido contigo o maior segredo meu.

Sou borboleta voando à deriva da vida,

Às vezes sou musa que inspira o poeta ator,

Nasce em mim vontade enorme de ser seu amor.

E pra sempre ser tua única querida.

Sei que não devemos,

Sei que não podes e não posso.

Mas a musicalidade do que acontece é maior que eu.

Sou mísera borboleta vivendo do sopro que me deu.

Rosa vermelha, dança dos signos, amor.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 19/11/2007
Código do texto: T742945