Cravo do amor

Ah aqueles cravos vermelhos

Cravados em minhas lembranças

Semeados por minha mãe espelho

Em velhos caixotes de madeira

Adornaram meus sonhos de criança

Ficava hipnotizada horas inteiras

Admirando cada fase do seu crescimento

Quando ele rompia da terra roxa fecunda

a semente grudada em seus raminhos

Fazia carinho aos meus olhos ramelentos

Depois vinha a chuva generosa

Molhava o solo sedento

E o canteiro todo assoviava

Uma canção de ninar

Na primavera cresciam os botões

Depois desabrochavam as pétalas

seu perfume espalhado pelo vento

Entrava pelas frestas dos sentimentos

Nunca mais pude esquecer

O teu cheiro, mãe cravo do amor.

Benvinda Palma

Bemtevi
Enviado por Bemtevi em 04/02/2022
Reeditado em 04/02/2022
Código do texto: T7444426
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