Despedida

Sempre preciso de algo

Que me tire o fôlego

Para saber se sigo viva

Ou se é mera impressão

Então me perdoa querido

Mas venho despedir-me

Se já não me sufocas

Não há mais amor

Findou-se a emoção

Nem sei por que me explico

Se isso é o que menos importa

Não convêm aqui motivos

O que conta é a intenção

Talvez seja desatino

Tentativa desvairada

De numa só gota d’água

De teus olhos cristalinos

Mergulhar-me por inteiro

Afogando minha razão.