A porta

Pensar em você como amigo

É tão estranho

Porque ainda quero você aqui comigo

Mesmo ante a esse sentimento: que apanho!

Lhe ver distante me machuca

Fere a alma

Me deixa maluca:

Me diga como encontrar a calma?

Ver você sorrindo

E feliz com outra

Dói e como dói

Mesmo querendo sua alegria

Com uma régua estou medindo

O que nem mais importa

Me assola e me anestesia

Estar a bater em sua porta!

Como falar com você

E fingir que nada aconteceu?

Como fingir que nunca quis

Um beijo seu?

Fingir querer o seu toque em mim,

O arrepio que agora me impele,

O desejar-te aqui

Pele em pele?

Me iludi

Vivendo o que eu inventei

Eu sei…

Meu coração acelera,

E eu e em mim

Desse modo, assim,

Brinquei:

De ser mazela de você!