AR(DORES)

Há um fogo a consumir-me as entranhas

uma insana ilusão, uma perversa verdade

sonho com suas mãos de veludo a tocar-me

realizo: és uma inverdade do meu juízo!

As chamas em línguas obscenas se tornam

sinto roçar-me, percorrer-me, descontrolo

Incêndio da alma, devastação sem fim!

Ardo no fogo do inferno! Inferno de mim!

Não há anjos, nem santos, nem deuses...

não há quem me redima dos ardores!

Estou prestes a cometer desatino.

Ou me entrego às chamas e me queimo

ou recobro o juízo e pago as dores

ou espero, ardendo, as facetas do destino.

Monica San
Enviado por Monica San em 21/11/2007
Código do texto: T746174
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