"Beijo no asfalto"
Tinha eu, dezessete, você, quinze - anos.
Quando tentei mostrar o quanto te amava,
A dedicação e o entusiasmo e, tu esnobavas,
Da vida efêmera, sou eu, o vil decano.
O tempo urge - décadas - são cinco,
E o meu amor está lá assim, patente,
Interpolado ao sentimento, ali, latente,
Ao som de gotas que caem sobre o zinco.
Rodo pelo Brasil é, vou de cidade em cidade,
Conheço gente, porém mantenho a castidade,
Por conserva na alma a fidelidade.
Agora, estou aqui neste poema como incauto,
Ao retratar o episódio que aqui eu pauto,
Sobre o beijo que me pedes no asfalto.