ÀS VEZES...

Às vezes balbucio seu nome,

Deixo-o fugir no vento,

E a brisa que me suaviza;

Faz do ser uma folha...

E a folha voa...

Vai até certa altura;

E cai...

Cai suavemente!

O minúsculo ruído,

Transforma-se em vozes;

Num pedido de socorro...

Socorro!

Seu nome é soletrado,

Entre dentes e língua;

Ele metamorfoseia-se,

Na palavra amor...

Amor...

Sem amor!

As lágrimas...

À vontade salgada,

Uma interjeição?

Às vezes é assim...

Sinto-me como louco;

Acabando-me aos poucos.

Às vezes sim...

Às vezes não...

OSIASTE TERTULIANO DE BRITO

02/03/2001

Loanda – Paraná

Osiaste Tertuliano de Brito
Enviado por Osiaste Tertuliano de Brito em 12/05/2022
Reeditado em 12/05/2022
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