ainda sem nome
O que mais existe além
Da cor de tua pele, bem?
O que é mais triste e vil
Que reduzir tudo a fótons
Que excitam, são o pavio
A te ligar a meu cérebro?
O que poderia ser real
Se teu cheiro e tua voz são,
Afinal, enganos? Fé:
Se sem ela tu não és
Trocaríamos as mãos por pés
E nem o Sol nasceria?
Oh! Para que fui ouvir
Semelhantes impropérios
E por meio segundo achar
Que há uma suposta razão
Que me faça negar ao
Teu toque, tua voz, teu hálito
A alcunha de realidade?
Não! Pois se eu bem sei que existes
E contigo todo o mundo
Transpira a cada segundo
- dos quarks aos quakers – sim! –
E é pouco o que digo aqui
Sobre tua tanta beleza
Que fundamenta o Universo,
Os versos e a metafísica