DE AMOR

Nesta tarde em que triste está meu coração,

preferirei das mãos fazer a palavra surgir

a fazer germiná-las da minha boca.

A poesia é descrição da alma.

Descrevo com mão pusilânime

O sorriso de crianças em dia natalino,

A moça aflita debruçada sobre os braços a esperar seu amado,

A palavra contida,

A poesia sagrada que sou.

O amor que se transmuta em pão.

Sou eu a fresca códea

E é a mim mesmo que como.

Vivo, enquanto aos poucos de amor me morro.

Belo Horizonte, 21 de março de 2006

Rodrigo Ribeiro
Enviado por Rodrigo Ribeiro em 25/11/2007
Reeditado em 25/11/2007
Código do texto: T751857