ARAUTO
Acalmai ó coração meu.
Extirpa do teu chão a corola do mal e da loucura.
Tenhais pois ó féretro dos sentimentos meus a serenidade de um lago
e não a tempestuosidade do mar.
És arauto do meu corpo.
Chovera tanto que em espelho de água te tornaste,
E no cuidado do fremir me revelas.
Belo Horizonte, 21 de março de 2006