DESPERTAR

Eis que desperta o poeta que outrora repousava.

É a primavera que aos poucos em flores amanhece,

Farvalhando com o festejar de insetos

Que o vergel perfilha.

Qual a extensão de uma lotus é o vazio que dentro em mim paira.

Tenho um amor que me cobre

mas não me deixa dormir.

Tenho medo de adormecer meu canto,

eu santo e minha poesia.

Belo Horizonte, 02 de fevereiro de 2006

Rodrigo Ribeiro
Enviado por Rodrigo Ribeiro em 25/11/2007
Código do texto: T751859