DURANTE A CHUVA O SOL

Acordo e durmo, você não vem

Espero-te como aguardo um trem

Não me importo se trem não tem

Sento num banco feito monge Zen

Mas você teima em não chegar

E então transporto-me ao fundo do mar

Torno-me a concha, que está ali para ficar...

Seguindo a areia a rolar...

Campainha não toca, acalmo a agitação

Se vejo um raio, espero o trovão

Conto os carneiros, que saltam meu coração

E escondem tua visão

Não desanimo, já aprendi

Amar você é este eterno partir

É não te ter, mas sempre te possuir

No meio do choro sorrir

Durante a chuva o sol...

Gê Muniz
Enviado por Gê Muniz em 25/11/2007
Reeditado em 29/11/2007
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