Acalanto

Guardo todas as mágoas num canto

Deste meu universo sombrio.

Tu te escondes do vão desencanto,

Dentro deste teu mundo arredio.

Pra que tanto resguardo, no entanto,

Se a morte não perdoa ninguém,

Se somos almas perdidas de espanto

E, sozinhos, nos tornamos reféns?

Em mim, a dor desta vida doída,

Choras também teu magoado pranto.

Beija, amor, minhas lágrimas sentidas

E eu farei versos pro teu acalanto.

Magmah
Enviado por Magmah em 25/11/2007
Reeditado em 26/11/2007
Código do texto: T752312
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