Não me decifra.

Não me decifra

Tenho medo de enlouquecer sob o teu pensar

Frágil galho da arvore frondosa da vida

Luto para além de mim me altear.

Na diária luta, disputa, insana tribuna

De olhares furtivos fujo.

Me recolho em mim, abrigo provisório

De todas as certezas das quais me esquivo

Com medo de ser consumida de novo,

Pelos julgamentos vazios de sentido

Que me consomem, triste sina.

Fome de liberdade tenho

De esquecer os pálidos desejos

Que ainda me habitam nas esquinas das casas velhas

Inabitadas e vazias...

Não me decifra,

Temo tudo que possa invadir minha frágil couraça

De tecidos usados e jogados construída.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 02/06/2022
Código do texto: T7528893
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