PADECENTE...

Eu queria, depois; contar a história do nosso amor.

Mas, como? Se você não me permite te amar...

E, nesta história de amor, que nem houve;

Eu sou o único perdedor, sou o que sofre!

Sem este amor que seria a minha melhor história...

Perco em importância para as árvores e a chuva.

De mim sai um som de penúria, sei ser o nada;

Minha salva é um suspiro de dor, de desamor!

Como pode eu sentir saudade do que não houve?

Eu deveria ter segurado o teu rosto: te beijado.

Eu deveria ter agido; eu deveria ter feito algo.

Mas eu fiz foi esta solidão e este desamparo!

E, o nosso amor que nem houve nem haverá...

Ainda me ilumina a vida, ainda me dá poesia.

Eu, sozinho, me recomponho. E fico inteiro.

A vida, de maldade, me fez ser padecente!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 13/06/2022
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