Despertar para amar
São seus lábios umedecidos, olhar ao alto, silhueta a confundir-se em mim, mãos ao vento, cabelos cansados a face.
Mulher! Que faz a mim?
Dança no parque sob a música da vida, com pés em grama molhada, vestida pelo corpo nu. Olha para o ininterrupto céu azul, deixando penetrar-se nas gotas do infinito.
És protagonista do tal universo paralelo, estrela do meu ser.
Como te amo por tornar-me errante diante ti.
Alucina-me com tal sutileza que aperta e sufoca a alma!
Sabotagem existencial,
Chantagem emocional,
Explosão!
Insalubridade mental, talvez ?!
Sou sim cego do amar, a sentir o sentido do meu par.
Vamos! Logo ao amor... em teus braços lembrarei dos tempos de nada! Passaram agora, os tempos, como arvores a cair pelas florestas esquecidas.
Ficamos, pois, a respirar o ar do nosso amor. Arvores respirantes do eterno olhar!