E SE FOR?
Na inquietude da alma
no conflito do eu lírico
faço da vida uma troça
faço da rima uma graça
do lirismo minha farsa
me faço artista sem palco
palhaço sem maquiagem
Deus da minha própria verdade.
Soberana e altiva
dona do próprio nariz.
Poetiza de versos brancos
de sonetos, de encantos
de pensamentos insanos
da vida mera atriz
da poesia mera aprendiz.
Do amor, dependente e carente
viciada em amar somente
rimar o amor com a dor
fazer do amor uma flor
colher amor em jardim
sonhar com o amor sem fim
morrer de amor? Por ele viver?
E se for? Quem há de entender?
Pouco importa...
Que seja então assim...