Delírio

Não pensa que, se a lira eu refreasse,

Cessaria essa ânsia de encantar-te.

Sequer a acrimônia desse impasse

É capaz de conter a minha arte.

Devaneio reprimido no meu peito,

Em tantas utopias se perdeu.

Não sei enfim se teria o vil direito

De cismar num delírio que é só meu...

Minha poesia independe do que és,

Pois ao ver-te através d’um outro olhar

- Fantasias lançadas aos teus pés -

Transcendo o meu querer e o meu sonhar.

Magmah
Enviado por Magmah em 30/11/2007
Código do texto: T759117
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