Faminto
Faminto estou quase o tempo todo,
Mesmo servindo à rainha
Quase nunca me serviam o prato principal.
Faminto estou perambulando pelas praças
Onde também os pombos rastejam em busca da comida,
E também ali somente migalhas que disfarçam a saciedade.
Faminto estou ao encontro de corações,
Em suas cavernas apenas sangue,
Mas eu não tenho sede.
Faminto estou de um amor que me sacia,
Que me deixa sonhar no caminho,
Que me faça sorrir nos desafios,
Que me deixa dormir em paz.