BRUMAS POÉTICAS


Eu escrevi cartas de amor
nas curvas do rio
Cauamé ao som de terna melodia

Só quem navegou entre estrelas levita no pulsar 
das águas cristalinas num compasso
místico de versos nostálgicos que vagam,
que se perdem no abstrato
O vendaval das lembranças soprou cálido,
no silêncio absoluto e trouxe a chuva
da saudade reinventando sonhos

Iara – deusa das águas –
com seu poder de encantamento,
sob o manto do sol-estrela,
faça espargir o cheiro da sedução
para inebriar minha amada de amor
Numa luminosa estrela ao cair o crepúsculo,
num constante navegar, quero sorver da taça
da vida o néctar de um amor que tece sóis
de encantamento e lubricidade

Eu escrevi cartas de amor
nas curvas do rio
Cauamé ao som de terna melodia.




Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 04/12/2007
Reeditado em 04/12/2007
Código do texto: T765061
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