Tempo

A vida pode soar tão árdua aos rudes que a concebem

Tão pobre aos olhos infames de quem não tem mais nada a se perder

Dias que se sucederam pareciam nem ter fim

Aos ouvidos do velho amor

Tão intenso quanto era nunca serás

Mas será sempre verdadeiro, e destemido

Como olhar para seus olhos e nunca saberes o que realmente vejo

É tarde e ainda escrevo versos solitários

Mesmo sabendo que tu ainda padece em braços alheios

Se adormecem ao longe

O sonho em outros versos já até tentei

Mas nem mesmo em outro mundo isso parece ser possível

Nem mesmo o tempo talvez seja capaz de me ajudar

Na verdade, sinto como se ele simplesmente

Viesse apenas a atrapalhar.

rafayuji
Enviado por rafayuji em 05/12/2007
Reeditado em 06/12/2007
Código do texto: T766514