Tempo
A vida pode soar tão árdua aos rudes que a concebem
Tão pobre aos olhos infames de quem não tem mais nada a se perder
Dias que se sucederam pareciam nem ter fim
Aos ouvidos do velho amor
Tão intenso quanto era nunca serás
Mas será sempre verdadeiro, e destemido
Como olhar para seus olhos e nunca saberes o que realmente vejo
É tarde e ainda escrevo versos solitários
Mesmo sabendo que tu ainda padece em braços alheios
Se adormecem ao longe
O sonho em outros versos já até tentei
Mas nem mesmo em outro mundo isso parece ser possível
Nem mesmo o tempo talvez seja capaz de me ajudar
Na verdade, sinto como se ele simplesmente
Viesse apenas a atrapalhar.