Tua Musa

Sou como deusa no altar dos teus sonhos,

Enigma por ti a ser desvendado.

Trago comigo mistérios medonhos,

A carne fraca e um segredo velado.

Fonte de prazeres, contraditória,

Um oceano com águas profusas.

Sou mãe e filha da tua memória,

Esfinge indecifrável e confusa.

Meu corpo, curvas ao sabor da brisa,

Em meio a vasto e ostensivo festejo,

Segue a dança, contorce-se e desliza,

Qual taça transbordante de desejo.

Labirintos invisíveis descreve,

Uma estátua diáfana a bailar,

Em mil volteios quietos e breves:

Musa feita pr’um poeta inspirar...

Magmah
Enviado por Magmah em 06/12/2007
Reeditado em 16/05/2010
Código do texto: T766837
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