NUA NOITE

Nua noite que de estrelas se despiu

cobre-me com teu manto lúgubre

aquieta-me a alma em pranto

e cessa esse teu canto fúnebre!

Faz-me aquiescer o desencanto

que ao frescor desse teu sândalo

tirou-me a razão e o centro

fazendo-me entregar ao desalento

de um amor que deixei se perder

Devolve-me enfim a alegria

traz-me a aurora de um novo dia

em que os jasmins me perfumem

em que eu me banhe no lume

faz das certezas de outrora

dos desenganos de agora

os anseios de um amor futuro

e aos teus pés, agora eu lhe juro

Jamais hei de deixá-lo morrer!

Monica San
Enviado por Monica San em 06/12/2007
Código do texto: T767273
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