De joelhos

Nos ecos dos atos,

Sempre eu, sob os escombros,

Das tempestades dos fatos.

A cada dia um novo tombo,

E esta dor nunca esfria,

Pois não dói só no lombo.

Não tira, da alma estria,

A mão do linimento sem fim,

Com butox ou sangria.

Das flores pisadas do jardim,

Teceu com sorrisos sua manta,

E ainda hoje, sorri pra mim.

Ensinem a este insano,

Como dizer, eu te amo,

A alguém que se veste de santa!

Eloy Fonseca
Enviado por Eloy Fonseca em 10/12/2007
Código do texto: T771979
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.