Roubada à poesia armada

A tela acesa do teu celular em pleno quarto escuro

Ilumina parte do lençol e tudo ao redor é mudo

Inúmeras páginas e tantos outros contatos visuais

Seus aplicativos, alguns sites e redes sociais.

A insônia vieste pela dose de café

O sono ausente perambulando em lugar qualquer

Três e pouco da manhã e não bateu na porta

Os ponteiros do relógio que dão mais uma volta.

Tiveste a atenção roubada à poesia armada

Estrofes e versos para ti estavam apontadas

Ameaças apaixonantes colocadas em sua cabeça

Em cada piscar de olhos você adora e se deleita.

São cinco e pouco da manhã, daqui a pouco seis horas

A insônia é fiel leitora e parece que não vai embora

Foste um assalto de sua atenção

No qual não tiras mais o olho a quem roubou seu coração.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 31/03/2023
Código do texto: T7752907
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