Ama-me assim

Ama-me assim, como o rio

Que transborda em desvario

Sem ter nada que o obstrua.

Mas que tranqüilo e refeito

Estende as águas no leito

Pra ser a cama da lua.

Ama-me assim, como o vento

Que vem gemer ao relento

Pela noite onde desliza,

E que depois da tormenta

Beija as flores que acalenta

Com os cânticos da brisa.

Ama-me assim, sem temor,

Porque assim é o amor

Que aproxima as criaturas:

Tem dois tempos, tem dois planos:

O divino e o humano,

A volúpia e a ternura.

Nesinha
Enviado por Nesinha em 12/12/2007
Código do texto: T775371