Ó Rara Beleza

Ó rara beleza que o mundo encerra,

De corpos e almas que juntas se unem,

Nas veias do tempo correndo a terra,

Embaladas por amores que os perfumem.

Os olhos que fitam a luz do dia,

Brilhando em misto de cores,

São como janelas da alma vazia,

Que procuram em vão a paz e amores.

As vozes que clamam no ar silente,

São ecos das dores que a vida encobre,

E os corações que sofrem tão presentes,

São marcas do amor, um sentir tão nobre.

Assim caminhamos nesta vida breve,

Buscando um sentido que nos de alegria,

E no fim de tudo, quando a noite chegue,

Seremos só lembranças do que fomos um dia.