Metrô...uma história de amor.

Metrô Carioca.

Hoje eu sinto falta de um amor que me toque a alma

que me fale não por palavras, mas por pensamentos.

Um amor acima da verdade, é que seja mais profundo

que a própria realidade, que se meça não por simples

medidas ou escalas matemáticas, mas por tudo que vibra.

Que sinta saudades mesmo de dia, mesmo na tua compania,

e a noite só sobre amor e a doce preguisa de viver de brisa.

Quero um amor que caia na rede sem ter hora de acordar,

e na hora de almoçar pesque o peixe já frito e temperado,

acompanhado de vinho tinto suave e pirão de camarão.

Que possa pasear de fusca 68 como se fosse uma Ferrari.

Que sonhe de dia e a noite realize todos os desejos, eu sinto

falta de um amor que veja tudo que eu não posso mais ver,

e que me de alegrias, mesmo estando eu, em desespero.

Me deixe deitar no colo e sentir medo, olhar nos olhos e

fortalecer a minha coragem, me cobrir de aconchego.

Eu preciso de uma integração ônibus metrô, já que escrevo

essas palavras na estação Sães Peña, na esperança de ver uma

pequena, que todos os dias viaja comigo, será que ela gosta de

música? Poesias? Quem sabe? Eu vou perguntar? Ela vai embarcar.

Enquanto isso eu penso em um amor que sinta necessidade de se ver,

sem se tornar um vício ou algo parecido, que seja intenso em todos

os momentos e tranquilo e sereno em quanto separado pelas horas.

Quero um amor que seja terno em quanto vivido e eterno depois de

redivivo. Mas deixa pla lá, as vezes é melhor sonhar. Vou perguntar?

Deixo minha educação de lado. Pergunto se eu incomodo? Ela diz não.

E me diz: a gente se vê todo o dia e quase sempre que você viaja ouve

minha voz, sou eu que anuncio as estações, meu nome é Priscila e eu

vou anunciar só para você a próxima estação. É a de dois corações.

Quer desembarcar comigo? Então eu digo que sim, sem demora!!!

Ricardo, 09/11/07.

AM 03:00.