Objeto de amor
Ó doce pomo que aos famintos se eleva,
Cai-te quando maduro estás.
É de ti que os esfaimados pássaros se alimentam.
Ó puro mel que reside no efêmero fruto,
Eternidade contida no que se encerra dentro de ti.
Ó dulçor de carne oculta pela beleza que lhe veste.
Que cheiro é este que de ti emana?
Embriagador desejo.
Baloiça doce pomo no colo de vossa mãe
Enquanto espera a criança com as mãos em forma de concha que te caias.
Ó fruto, poque fizeste a ti o Deus tão perfreito?
Permita que de ti comam os Homens
Para que não seja a podridão o fim que te espera.
Belo Horizonte, 11 de agosto de 2006