Pássaro!!
Ás vezes penso eu ser passarinho,
Flutuando pelo denso ar meio que sozinho,
Fitar do alto o que o rijo chão não pode dar,
Fazer plecto e ovações do meu pensar,
Ver de lá o que só a altura pode mostrar,
Algo que nenhum fidalgo ousa proclamar,
Mais me contento,
Ser do chão e não do vento,
de não ser leve e volátil,
Ser simplório, sem ternura,
Esse catre sem moldura.