O Grande Amor de Minha Vida

Ceres Mari Jusi era o nome da musa

Morena linda. Seu riso me fascinava.

Fomos amigos/colegas em Curitiba/PR.

Aprendi a gostar de poemas com ela.

Ela morava na Alameda Cabral, 370.

Eu no Hotel Mendes - Pça Tiredentes.

Nosso Colégio Martinus ficava perto.

O uniforme era da cor marron escura.

Culto protestante às sete da manhã.

Nossas famílias da religião católica.

Disciplina típicamente alemã, rígida!

Na escola fomos apenas ótimos amigos.

Toda semana trocávamos cartas pelo correio.

Tudo em total segredo. Ela tinha namorado...

Eu tinha namorada em União da Vitória/PR.

Só fomos namorar numas férias dela...

passadas na Bahia onde fora passear.

Mostrei toda Salvador para ela e nos

apaixonamos loucamente...mas

ela voltou para a cidade dela e

eu fiquei trabalhando na UFBA.

Só fomos nos reencontrar por acaso...

numa Igreja e na hora do casamento dela.

Eu não sabia e a procurei justo no dia.

Por coincidência eu era padrinho da

prima Ana Maria que casava logo depois.

Foi o encontro mais emocionante da

minha vida...alí bem na porta da Igreja.

Às vezes me pergunto por onde ela anda?

Ainda vive? Quantos filhos teve? Será

que ela ainda lembra de mim como eu dela?

Falando por mim...guardo retratos e cartas

da nossa mocidade. Eles retratam momentos

que me foram muito caros. Eu fui feliz. Sim!

Rebobino aqui alguns versos que compusemos

à quatro mãos. Escritos pouco antes da separação.

Hipóteses e Possibilidades

Poucos dias passaram - cem anos.

Está em terras longínquas - perto de mim.

Busca o bem daquele outro - eu sou também.

Esperou-me em dado momento - o relógio não soou.

Levou-me um substrato para recordar - fui junto.

Não existe comunicação - é força do pensamento.

A pobreza envolve seu redor - o amor é riqueza.

O perigo está eminente de chegar - proteção da oração.

Há felicidade na recordação - tristeza em duplo sentido.

Sonha em abraçar - é de longe abraçado.

Pensa na continuidade -já e eterno.

Busca nas nuvens atingir o distante - está no destino.

Traz à terra o aroma da saudade - velocidade máxima.

O objetivo está sendo atingido - é muito pouco.

Há gente, muita gente, vê poucos - um, uma.

No vazio procura a imagem - está emoldurada.

Procura o sorriso nos lábios - é estático, mas presente.

Chega a compreender a vida - está dissecada.

Os momentos são esperançosos - Só espaços estanques.

Tudo é quietude - ressoam fragores.

Folhas de papel espargem senitude - juventude escreve.

Vogais e consoantes elogiam - virgulas ferem.

Leitura correta - interpretação ambígua.

Clareza matemática - há alegria satisfatória.

Caminho longo - em instantes chegará.

Pensamentos unidos - voa em ares perfumados.

Vem, busca, leva a musa - está de plantão no tempo.

Objetivo sanado - futuro promissor.

Olhar, comunicação, sorrisos, lágrimas - um todo aglomerado.

Você chega! Você parte! Adeus! Agora...mais perto.

Nosso amor não deu certo. Quem sabe na eternidade?

Hildebrando/Ceres/Jusi/ Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 18/12/2007
Código do texto: T783075