Do amar pequenino

Para ela dou o meu amor pequenino,

Uma poça enxuta perante o mar,

És um oceano deleitável de amor

porque sei que me salvas do mundo.

Meu amor é ínfimo a tua beleza,

os átomos não fitam o teu encanto,

porque nem a física capta este ser

sem que rotule o que é inefável.

Amo-te e nem entendo a razão,

é como se tu fosses eu idealizado,

inexplicável desejo de te ter

sem me limitar a cronologia.

Amor, sem tu é como ser morte,

frio, sozinho e sem sentido;

se o sofrimento és tu e

embrusca-se ad eternum,

aceito morrer para tê-lo.

Não mais recorro à lógica

porque pensar é patético,

será elucubrado na mesquinhez

quem define o amar.

Amor é irracional, apedeuta,

sem qualquer coerência,

e dito isso, o compêndio do amor

é um evangelho da humanidade:

ninguém é ateu.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 09/07/2023
Código do texto: T7832627
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