METADE
Ando a procurar-me,ando...
Minha alma deixou-me só.
Olho e a eternidade é espelho.
Sou esta a tornar-se nada e pó.
E sem respostas,sou outra a sofrer.
Arrasto-me em dor, em ferida.
A saudade abre-me as entranhas.
A saudade cegou-me para a vida.
E se encontro em tristeza o que perdi,
acho um pedaço imperfeito do amor.
Sou metade solta,sem encaixe.
Sou isso chamado de dor.
E quanto mais o tempo flue,
mais sou abandonada na escuridão.
Olho para dentro sonhando
e acordo na sombra dessa paixão.
E no compasso dessa espera,
(des)espero,sofro com o luar...
E nado falo,silencioso sentimento.
Paga por tanto te querer e amar...
Karla Bardanza