Poema de um matuto
Poema de um matuto
Há minina do meus óios!
Cê num sabe o tamãe do meu bem querê.
Carrego nos ombro um feixe dele, que inverga o corpo.
Esse amô, que nasceu no riberao do inhô Querenço... tomava banho feito Iara, briava como uma istrela banhada pela lua cheia!
Fui gorpiado naqueli instante...meu coração faiô, minhas perna bambiô!
Sem fala, sem rearçao, vi meu coração robado, num sei se foi seu corpo pratiado ou se era um amô, que há tanto tempo
isperava, e pro cê, tava guardado!
Disapercibida, caminhô pela berada das água balaganu os cabelo...
Fiz uma prece : "Deus!" Sô matuto, e matuto num sonha só tem aparição, mas se fô coisa sua, faiz ela ficá, num deixa ela i imbora não!
Nalú de Fátima Oliveira.
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