JOVENS MADUROS.

Diga-me, porque de tristezas o passado te consome?

Se a morte levita sobre a grandeza de todos os universos

Nascemos para morrer, quando disso me falas, eu tergiverso

Prefiro lembrar do amor que uniu nossos nomes

Este sim, deixará rastros e heranças por todo o futuro

Mesmo que por pouco tempo, meu amor é intemporal

Regue a sorte de ainda sermos experientes jovens maduros

E guarde na memória do coração, nossas imagens corporais

Nossa fúria de paixão, a estes sim, eu amanheço em aniversario

Suo gélidas gotas de lágrimas de um passado de brigadeiro

Intumesço na aurora de sentir o que senti, e que ainda sinto

E à morte, sorrio, quando a porta bater, já fizemos herdeiros.

Não perca tempo com remorsos, na vida, não há glossários

Não morra na saudade do que não viveu, fuja desses labirintos.

CHICO BEZERRA.