PORTO SOLIDÃO

Porto Solidão.

Deste porto eu me despeço...

É chegada a hora de partir.

Já não vou, triste chorar...

Tão pouco, alegre sorrir.

Levantam-se ás ancoras

Profundas de meu coração.

Deixo aqui, a irmã angustia.

Levo comigo, a amada solidão.

Sopra o triste vento consolador,

Levantam-se ás velas, navegar Irei.

Novos horizontes, esquecer a dor,

Aonde chegar, já tão pouco sei.

Mantendo a proa, não posso hesitar.

Mãos firmes nos braços fortes do timão.

Sei da ira das águas que vou enfrentar.

Neste navio sou marujo, sou capitão.

Tudo a estibordo... Tudo a bombordo,

Serpenteando pelos agudos icebergs,

O gelo cristalino de seu triste coração.

Acolhe-me a alma, Amada Solidão.

Seu eu, em minha razão naufragar...

Deixe que o mar sepulte minha alma.

Não tente por piedade, a eu resgatar,

Quem sabe assim a dor se acalma.

Só eu sei... Neste mar D’Amor,

Quantas lágrimas, por ti Derramei.

Só eu sei, que as águas deste mar,

São lágrimas que por ti chorei.

(Poesia com direito autoral reservado)

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